O implante de silicone nos seios é a cirurgia plástica mais procurada no mundo. A decisão de aumentar os seios é muito pessoal de cada mulher e não é tão fácil assim.
Muitas pacientes pensam que para colocar uma prótese de silicone basta entrar no consultório do cirurgião plástico e pagar pelo aumento dos seios. Não é bem assim. Estamos tratando de uma cirurgia e muitos outros fatores têm de ser pesados nessa decisão. Afinal, você estará prestes a aceitar um corpo estranho ao seu organismo.
Por isso, ao entrar em um consultório de um cirurgião sério, registrado na SBCP, a paciente vai notar que o processo não é tão simples. Além de envolver todo o processo pré-operatório que qualquer procedimento invasivo requer, outras decisões têm de ser tomadas em conjunto com o médico no planejamento operatório.
O tamanho da prótese, sua forma e seu tipo são alguns dos pontos a serem levados em conta no planejamento da operação. Existem incontáveis tipos de próteses variando formas, tamanho e texturas.
Com relação ao volume da prótese, e o consequente tamanho dos seios, a decisão deve ser consensual entre médico e paciente a fim de que o resultado seja o mais natural e saudável possível, atendendo às expectativas do paciente.
A forma depende de vários fatores. Primeiramente se ela será colocada atrás do músculo ou da glândula. Além disso, a forma, sobretudo na cirurgia subglandular, deve sempre respeitar os limites da glândula mamária. Por fim, é essencial entender a expectativa do paciente com relação à forma e mesmo a naturalidade. Existem três tipos de próteses mais comumente usadas:
Deixa a mama com aspecto mais arredondado, dando maior ênfase a parte superior do seio.
Usado sobretudo no caso de reconstrução mamária, em que o tecido precisa ser expandido para a colocação do implante.
Apesar de ter diversas projeções, segue as linhas naturais do corpo.
Nos casos dos implantes redondos e anatômicos, a mama pode aumentar conforme a vontade da mulher.
As próteses também têm texturas e materiais diferentes. Um cirurgião autorizado pela SBCP só usa próteses autorizadas pela Anvisa, ainda assim, cada uma pode causar diferentes reações em cada paciente e a textura é um dos fatores mais importantes nessa reação. Atualmente, se usa três tipos:
A mais antiga e quase inutilizadas hoje em dia. Elas possuem índice entre 5 e 6% de contratura capsular, por outro lado, oferece uma taxa de enrugamento bem menor.
O mais comum atualmente, reduz o risco de contratura para números entre 2 e 3%, embora sua taxa de enrugamento seja um pouco maior.
Conhecido também somente como Espuma de poliuretano, esse tipo de implante reduz os riscos de contratura para cerca de 0,5%, contudo apresenta maior sensibilidade tátil e maiores chances de dobra.
Geralmente, esse tipo de prótese é usado após a paciente sofrer contratura capsular intensa mesmo com a prótese texturizada.
Saber o índice de contratura capsular é algo importante, ou melhor saber o que é contratura capsular é essencial. Quando se coloca um material sintético no corpo, o organismo entende como um corpo estranho e, como reação, forma uma capsula de tecido conjuntivo ao seu redor, isolando-o. Em alguns casos essa capsula pode se contrair e perder a elasticidade, o que faz com que a mama fique enrijecida distorcida e até dolorida. No caso dos implantes mamários, um dos fatores que determinam as chances dessa contratura é a textura. Em casos mais graves de contratura capsular, algo extremamente raro nos dias de hoje, é necessária intervenção cirúrgica.
O importante é discutir com seu médico, saber se ele é autorizado pelo SBCP, se a prótese é de qualidade e autorizada pela Anvisa.