Os estudos anatômicos estiveram presentes em algumas culturas, é bem verdade, como na Índia do segundo milênio a.C., mas é a partir do Renascimento, no século XVI, que tomaram impulso definitivo, principalmente, com Leonardo da Vinci e Andreas Vesalius, este, com sua obra “De Humani Corporis Fabrica”, publicada em 1543, marco inicial da anatomia moderna.
O sucesso foi a condição que fez com que a cirurgia passasse a ser vista como um meio de tratamento e não mais como última alternativa. Foi ele que possibilitou a visão mais natural do procedimento principalmente por parte do paciente e da sociedade.
Em culturas como a babilônica, assíria e egípcia realizavam-se cirurgias, entretanto, havia penalidades para o insucesso. O rei Hamurabi da Babilônia formulou o primeiro código de leis da história das civilizações por volta de 1750 ªC. e nele regulamentava tudo, inclusive a atividade médica com castigos que variavam desde lesões corporais até a morte do cirurgião quando este falhava.
A cirurgia plástica moderna surgiu como uma resposta aos traumas devastadores causados pela I Guerra Mundial – o grande número de feridos exigiu soluções inovadoras para restaurar suas vidas. O pai da cirurgia plástica moderna, Sir Harold Gilles, percebeu que as feridas precisavam ser fechadas com tecido de outros lugares para restabelecer funcionalidades corporais e dar uma aparência mais “normal” para que os soldados pudessem retomar suas vidas.
Nomes importantes da cirurgia plástica
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o pioneirismo da área é atribuído ao médico José Rebello Netto: em 1915, ele apresentou à comunidade acadêmica uma tese chamada “Cirurgia Estética”, na qual elencava seus princípios. A partir de então, ele criaria e comandaria a primeira clínica específica em cirurgia plástica no país, na Santa Casa de Misericórdia de São São Paulo.
Se recuarmos um pouco mais no tempo, encontramos também referências a essa especialidade da medicina no século 19. Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, o país ganhou as suas primeiras Escolas de Cirurgia, uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro. Essas instituições acabariam transformadas, em 1832, em faculdades de medicina.
Atualmente a cirurgia plástica brasileira é uma das mais respeitadas do mundo e tem avanços importante, como é o caso do uso de pele de tilápia para queimaduras. A pesquisa foi desenvolvida pelo médico pernambucano Marcelo Borges e a técnica é pioneira no mundo.
O método oferece inúmeros benefícios em relação a outros tratamentos. Como permanece sobre a queimadura durante vários dias, em função da gravidade do ferimento, a pele do peixe evita as dores que resultam na necessidade da troca do curativo.
Tenho muito orgulho em ter como profissão a cirurgia plástica, que eleva autoestima e qualidade de vida das pessoas. Aproveito o dia do cirurgião plástica para parabenizar todos os meus colegas de profissão.
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